Os mísseis lançados pela Rússia contra Kiev, a capital da Ucrânia, começaram a explodir por volta das 5h desta quinta-feira, dia 24 de fevereiro (meia-noite no Brasil).
Já por volta das 7h da manhã pelo horário local da Ucrânia, as sirenes de alarme de ataques aéreos soaram e pais em toda capital receberam por SMS o aviso de que as aulas, hoje, seriam online.
Abrigo
As estações de metrô, que servem de abrigo perante ataques aéreos no país, encheram de pessoas. No fim da manhã, um longo engarrafamento, carros em fuga partindo na direção da Europa, havia se formado. As sirenes também tocaram em Lviv, a metrópole mais próxima da fronteira polonesa. Nesta cidade, a população foi aconselhada a desligar as luzes, ter consigo seus documentos mais importantes e buscar abrigo.
Forças de Guerra
Comboios militares cruzaram a fronteira vindos da própria Rússia e de Belarus, invadindo a Ucrânia. “Estamos nos defendendo”, afirmou em pronunciamento na TV o presidente russo Vladimir Putin: “Esta é uma operação militar especial para desmilitarizar e denazificar a Ucrânia. Todos que tentarem interferir devem saber que a reação da Rússia será imediata e levará a consequências nunca experimentadas na história.
Repercussão pelo mundo
“O mundo está conosco”, tuitou o presidente Volodymyr Zelenski. Ele já havia conversado ao telefone com o americano Joe Biden, o britânico Boris Johnson, o alemão Olaf Scholz e o polonês Andrzej Duda.
Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, países da OTAN que têm fronteiras com Rússia e Ucrânia, ativaram o artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte. É quando países membros avisam oficialmente de que estão sob ameaça militar.
O temor é de que a guerra afete seus territórios. Não é o mesmo que ativar o artigo 5 — este exige que todos os membros respondam juntos a um ataque.
Efeitos na economia global
O preço do barril de petróleo já começou a aumentar, chegando a US$ 102 no mercado de futuros e cruzando a linha dos cem dólares pela primeira vez desde 2014. E o rublo despencou, perdendo mais de 10% de seu valor nas primeiras horas após o ataque.