Recuperar a Amazônia pode gerar renda

Muito se fala em recuperar as áreas degradas da nossa floresta amazônica, porém, além do lado ambiental, que já é importante, ainda essa prática pode gerar uma renda milionária.

Segundo um estudo feito pelos pesquisadores Bernardo Strassburg, Paulo Branco e Álvaro Iribarrem se apenas 10% da área degradada da Amazônia fosse restaurada poderia gerar uma receita de até R$ 132 bilhões.

Se esses 10% fossem recuperados iriam ser retirados da atmosfera cerca de 2,6 bilhões de toneladas de Co2.

“Se você comercializa esse potencial crédito de carbono vindo dessas áreas, por exemplo, você tem um cenário que é bom para muita coisa ao mesmo tempo. Ou seja: você gera receita a partir de carbono obtido com a restauração”, explica Strassburg, que é diretor executivo do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS).

Ele ainda argumenta que é possível usufruir desse dinheiro em benefício da própria floresta.

“A gente sabe que mais ou menos metade desse valor seria destinado aos fazendeiros por custo de restauração, para os locais e para quem faz essa restauração. Mas ainda sobra 50%, que são R$ 66 bilhões.

Esse valor poderia ser usado para investir em política pública, para financiar programas de desenvolvimento sustentável, para buscar caminhos mais sustentáveis para o desenvolvimento da própria Amazônia”, defende o pesquisador.

Metas

Pixabay

No Brasil, a meta estabelecida através do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg, 2017) é de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros até 2030.

Se considerarmos que a Amazônia Legal brasileira ocupa quase 60% do território nacional (IBGE, 2019), a recuperação florestal da região deve ser vista como uma questão, sobretudo, estratégica, tendo em vista as elevadas taxas de desmatamento e o alto potencial de regeneração natural do bioma.

Sobre o Amazônia 2030

Pixabay

O projeto é uma iniciativa conjunta do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, ambos situados em Belém, com a Climate Policy Initiative (CPI) e o Departamento de Economia da PUC-Rio, localizados no Rio de Janeiro.

Pesquisadores tem gerado conhecimento a partir das experiências dos povos da floresta, empresários, empreendedores e agentes públicos. Esses documentos reunirão recomendações práticas, que poderão ser aplicadas por agentes privados e públicos.

Previous post Verão: confira os principais cuidados com queimaduras
Next post Como prepara um café de coador perfeito

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *