Ao menos uma boa notícia para o trabalhador em tempos de crise: a taxa nacional de desemprego não teve alta no trimestre encerrado em março, e segue em 11,1% (mesmo resultado do período anterior). Apesar de ainda ser muito alta, afetando quase 12 milhões de trabalhadores brasileiros, pelo menos ela não aumentou novamente, como ocorreu em diversos períodos durante a pandemia.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 29 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE. O rendimento médio subiu 1,5% na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, mas segue 8,7% menor que o de 1 ano atrás.
População ocupada
Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% em 3 meses, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho. Com isso, o nível da ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar) caiu para 55,2%, contra 55,6% no trimestre anterior – a primeira queda em 4 trimestres.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego ficou em 11,2%, atingindo 12 milhões de pessoas. Na mínima histórica, alcançada em 2014, chegou a 6,5%.
O resultado veio melhor que o esperado. A mediana de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data projetava uma taxa de 11,4% no trimestre encerrado em março. O intervalo das estimativas variava de 11,3% até 11,7%.
“Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início ano. O trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, destacou, acrescentando a queda do número de ocupados no 1º trimestre foi bem menor do que a média observada em anos anteriores, diz Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE.
Rendimento médio
O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.548 no 1º trimestre, o que representa um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro. Na comparação interanual, porém, segue 8,7% menor.
Esses dados podem indicar novas oportunidades de trabalho e serviços para o trabalhador brasileiro. Atualize seu currículo e fique de olho em vagas que sejam compatíveis com seu perfil.