Diversos fatores internos e externos estão contribuindo para que a modalidade de renda fixa volte a ser uma boa opção de investimento para os brasileiros. No início deste ano, a Bolsa brasileira voltou a subir e o real se valorizou.
Apesar de ainda vivermos um momento de volatilidade em relação a esses dois pontos, o cenário está mais favorável do que nos anos anteriores, quando a pandemia provocou fechamento de diversas atividades do setor econômico em muitos Estados e cidades do país.
Além disso, com o ciclo de alta de juros promovido pelo Banco Central para controlar a alta da inflação, os investidores voltaram a colocar mais dinheiro no Brasil. Com juros altos, mesmo que o cenário político seja de incerteza, os investidores apostam em retornos mais elevados, como ocorre com o Brasil e outros países emergentes.
Contudo, a alta das commodities e a guerra na Ucrânia ainda provocam muitas incertezas no mercado financeiro. As eleições são outro fator de risco, já que Bolsonaro muitas vezes coloca em dúvida a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro, repetindo uma tática usada por Donald Trump, ex-presidente dos EUA.
Principais riscos
Os investidores alertam que, entre outras coisas, é o risco de alta da inflação nos Estados Unidos e possível elevação dos juros do país, causando uma recessão econômica. A pandemia de Covid-19 ainda causa incertezas econômicas. Uma recessão na maior economia do mundo poderia afetar todos os países.
A tendência de desglobalização é evidente hoje em dia. Países estão se fechando em blocos cujo alinhamento político é mais evidente, além de priorizar produtos desses países. A guerra na Ucrânia deixa claro, por exemplo, que a Rússia é contra a globalização e a expansão da Aliança Militar do Atlântico Norte, a Otan, que envolve diversos países europeus aliados aos EUA. Com esses fatores, os custos de produção podem subir e os gargalos mundiais de produção podem ficar mais evidentes.
Aumento de gastos
Como estamos em ano de eleições no Brasil, para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, a tendência é que os gastos públicos aumentem e a conta fique para os próximos governos. A Bolsa brasileira vem atraindo mais investidores pelo preço baixo das ações, do que pelo próprio potencial de valorização.
